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O Poder do Mito: Como o Poder das Mulheres Foi Reorganizado e Deve Ser Resgatado 

  • Writer: The Veiled One
    The Veiled One
  • Sep 19, 2024
  • 4 min read

Updated: Oct 9, 2024

Mitos não são apenas histórias – são antigos projetos de como as sociedades funcionariam. E adivinhem quem esteve segurando a caneta e ditando a narrativa durante a maior parte da história? Homens. Sim, desde sacerdotes até estudiosos, eles controlaram a narrativa, moldando os mitos para se adequarem às suas agendas patriarcais. Mas aqui está o truque: essas mexidas não foram ediçõezinhas inocentes.


Não, isso foi sobre poder – especificamente, sobre como tirá-lo das mulheres.


Antigamente, deusas como Asherah eram celebradas como forças divinas de fertilidade, sabedoria e vida. Então, os caras das túnicas (sim, homens de saias, se preferir) apareceram e as transformaram em vilãs ou convenientemente as apagaram.


Exemplo clássico: Asherah, uma vez uma deusa reverenciada, foi transformada em um segredinho sórdido. Seus símbolos, que antes ocupavam lugar de destaque nos templos, de repente foram associados à “imoralidade” e ao “pecado”. Que horror!


Mas não se tratava de um pânico moral; era tudo sobre controle. Os patriarcas não conseguiam lidar com a ideia de que mulheres tivessem poder divino, então distorceram os mitos para manterem-se no controle. Os mitos foram sequestrados, e é hora de resgatar esse poder – sem pedir educadamente.


Era uma vez (porque toda boa história começa assim), Asherah era muito importante. Adorada ao lado de Yahweh, ela representava a vida, a fertilidade e o divino feminino. Mas, como os homens costumam fazer quando se sentem ameaçados, um jogo de poder se formou, e os patriarcas não suportavam a ideia de compartilhar o poder. Então, começaram a editar sua história. E por “editar”, quero dizer que a apagaram da narrativa como uma personagem secundária e indesejada. A Bíblia Hebraica e nosso editor-chefe patriarcal referem-se à sua adoração como adultério – uma traição espiritual que precisava ser extinta.


Legal, né?


De repente, os símbolos sagrados de Asherah foram declarados impuros, e a poderosa deusa da vida tornou-se associada à imoralidade sexual. E você ainda se pergunta por que as pessoas têm problemas de confiança com religiões organizadas?


Isso não foi um caso isolado; é um padrão que você verá com praticamente toda mulher ou Deusa poderosa na mitologia e na história. De Lilith a Hécate, de Ísis a outras, o patriarcado fez questão de reescrever essas deusas, seja apagando ou as transformando em narrativas para advertência. O objetivo? Manter o poder firme nas mãos dos homens.


Vamos esclarecer uma coisa: poder não é algo que você entrega graciosamente. As mulheres não  cederam simplesmente sua influência nessas histórias. Ele foi roubado, reescrito e repaginado para se adequar a uma nova ordem mundial dominada pelos homens. Os mesmos homens de túnicas que controlavam as narrativas religiosas também controlavam as histórias que contamos sobre poder divino, magia e autoridade. Eles não convidaram as mulheres para uma conversa amigável sobre igualdade – pegaram a pena e as riscaram.


Mas aqui está o ponto: uma vez que você percebe o truque, não consegue deixar de ver. Esses mitos nunca foram destinados a serem esquecidos – foram enterrados sob séculos de patriarcado e livros empoeirados. Agora, é hora de desenterrá-los, limpar as teias de aranha e recuperar o poder que nunca foi realmente perdido. E não vamos esperar permissão para fazer isso.


Recuperar o controle não é algo passivo, tipo “esperar pra ver”. Não, isso é uma recuperação ativa. Você não espera que alguém diga: “Ops, erro nosso, aqui está seu poder de volta”. Você arranca das mãos deles. Mitos como os de Asherah, Lilith e Ísis não foram apagados porque eram fracos. Eles foram apagados porque eram poderosos. E poder, meus amigos, nunca é cedido voluntariamente. Ele é tomado.


E não vamos fingir que a reedição patriarcal é coisa do passado. Mesmo hoje, os guardiões da mitologia, da religião e até das tradições mágicas são, em sua maioria, homens. Imagine a cena: velhos barbudos em túnicas, curvados sobre textos antigos, decidindo quais partes do divino feminino merecem ser mantidas. É quase engraçado – se não fosse tão revoltante. Desde os sacerdotes que moldam a doutrina religiosa até os “acadêmicos” que ditam quais mitos são legítimos, esses caras têm mantido o monopólio sobre as histórias que contamos sobre poder por tempo demais.


Mas é aí que a Stella Indomita entra. Não estamos aqui para pedir um lugar à mesa – estamos aqui para virar a maldita mesa. O Véu Negro será um espaço onde o poder das mulheres será recuperado, os mitos serão recontados como sempre deveriam ser, e o divino feminino ocupará o centro do palco. Vamos explorar mais do que apenas Asherah. Há Lilith, a rebelde original; Hécate, a rainha das encruzilhadas; e Ísis, que literalmente juntou Osíris de volta. Essas histórias não estão mortas – elas só estavam esperando que nós as trouxéssemos de volta à luz.


Então, aqui está o acordo: O Véu Negro não é apenas uma coluna. É um grito de guerra. É onde nós recuperamos as narrativas que foram roubadas e reescrevemos as regras para uma nova era. E não faremos isso em silêncio. Os homens de vestes tiveram sua vez.


Agora, é a nossa vez!

 
 
 

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